quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Primeiro mês em casa com o recém-nascido

Durante a gravidez, toda a futura mamã imagina que quando o seu bebé nascer tudo será cor-de-rosa.



Durante a gravidez, toda a futura mamã imagina como serão as coisas quando nascer o seu bebé. E geralmente, supõe que tudo será cor-de-rosa: um bebé que dorme placidamente quase todo o dia, que apenas choraminga quando sente apetite, que se sacia tomando calmamente a maminha. E quanto a ela, imagina-se com a mesma figura elegante que tinha antes da gravidez, vestindo os seus apertados e "sexis" jeans, e uma camisola aberta à frente para poder dar de mamar mais comodamente. A casa, como é evidente, perfeitamente arrumada, e impregnada pelo doce perfume de bebé. Tudo perfeito. Tudo calculado. No entanto, quando chega a hora da verdade, nada sucede como imaginou, o que produz uma sensação de angústia na mamã.
A hora da verdade
A hora da verdade não chega com o nascimento do bebé mas sim com o regresso a casa. Enquanto a mulher se encontra internada, nessa linda casa de saúde que escolheu com antecipação suficiente, com bonitos cortinados e pessoal qualificado, disposto a ajudá-la até ao mais pequeno pormenor, não há problemas. Além disso, entre as visitas, as flores, os bombons e as felicitações, uma boa parte da realidade fica dissimulada. Mas chega o dia em que o obstetra diz: "Mamã, já pode ir para casa". E nesse momento, tudo muda. Em alguns casos, mãe e sogra encarregam-se de que a casa esteja bem arrumada para receber o novo membro da família. No entanto, um montão de sensações estranhas começam a invadir a orgulhosa mamã. Tudo saiu bem, o seu bebé está perfeito e ela também. Mas logo que deixa a maternidade com a criança nos braços, surgem as lágrimas e um certo estado de desassossego se apodera dela, que, com ar de receio, se interroga: "E agora, o que faço?". Grande pergunta, se as há... mas sem resposta.
O regresso a casa
Na casa de saúde, a mamã estava apoiada. Com um simples toque de botão, um especialista atendia imediatamente para responder à mínima dúvida ou resolver qualquer situação, imprevisível ou inesperada, enquanto que ela se manti-nha impecável no seu roupão. Mas em casa, esse toque mágico a quem podia recorrer já não existe, e a sensação de desamparo atinge a orgulhosa mamã. Tudo aquilo que sonhou com tanta ilusão, a maioria das vezes, está longe da realidade que significa o regresso a casa. Sem dúvida, um dos momentos mais complicados do ponto de vista emocional. E como se isso fosse pouco, todos querem dar uma opinião. O papá recém-estreado, que sabe tanto ou menos do que ela. A avó recente, que fala da sua experiência vivida há muito anos antes. Tudo isso somado à revolução hormonal do puerpério, principal responsável de uma sensibilidade à flor da pele que a nova mãe nunca anteriormente experimentou na sua vida.
Caricatura dos primeiros 30 dias
O primeiro mês em casa com o bebé nunca é tarefa fácil. A mamã sente-se confusa, não consegue compreender o bebé, e sente-se a pessoa mais infeliz do mundo. A episiotomia incomoda, impede que possa sentar-se como Deus manda, e transforma o facto de tomar banho num problema. E aí sente-se totalmente ridícula, a secar-se com o secador de cabelo. Terceiro dia. O leite desceu. O peito repleto do morno alimento, gotejam constantemente. E em alguns casos, como o bebé não sabe segurar-se bem ao peito, os mamilos acabam por criar gretas e doem como nunca. E novamente, a imagem parece-lhe patética: apanhando Sol através da janela do quarto para que cicatrizem, a inexperiente mãe sente-se ridícula. Quando se vai vestir, os jeans apertadinhos que usava antes da gravidez só lhe servem até aos joelhos, e com a roupa de grávida parece vestir um disfarce. Sente-se estranha, tinha-se habituado à barriga que agora já não existe, mas também não tem o corpo de anteriormente.
Ao entardecer, o bebé começa a chorar e parece que nada neste mundo consegue acalmá-lo. O pequenito chora e chora, e a mamã não consegue entender porquê: "Terá fome?, mas se acabou de comer!", "Ter-lhe-ei apertado demais a fralda?", "Terá frio?". Assim, não é raro que esse choro não acabe por contagiar a mamã. Após uma semana o grande acontecimento: caiu-lhe o cordão umbilical e o pequenito já pode dar o primeiro banhinho completo. Novamente a insegurança se apodera da mamã: sente que o bebé lhe es-correga por todos os lados, que não pode sustê-lo, que as mãos não o conseguem segurar. E para cúmulo, o bebé chora porque não gosta! Quando a noite chega, a mamã cai esgotada com tanto trabalho. Mas agora, as suas noites não são de plácido sono, porque o descanso é constantemente interrompido pelo bebé, que acorda várias vezes a pedir alimento. Assim, cada manhã levanta-se mais extenuada do que se deitou, com saudades da época em que podia dormir a sono solto.
Esposa ou mãe?
O papá vai-se embora de manhã rumo ao trabalho, beija na testa o pequenito e a sua mulher, e regressa à noite, cansado, com vontade de voltar a encontrar o seu filho já com o banhinho tomado, de roupinha lavada e com um sorriso de ore-lha a orelha, e com a sua mulher, que – finalmente – deixou para trás as náuseas, a barriga e os desejos. O papá tem fome, mas o jantar não está pronto, porque justamente na altura em que a sua mulher se preparava para fazer algo para comer, o bebé queria mamar. Quando conseguem sentar-se a jantar, ela olha para o marido esgotada, com os olhos chorosos e um nó na garganta. Ao mínimo comentário ("A comida já está um pouco fria") é capaz de desencadear uma tempestade: "Claro, já não gostas de mim, estou feia, fiquei disforme, gorda, não tive tempo para me arranjar um pouco". Para completar o quadro, surge um telefonema da sogra, que quer saber como anda o seu netinho querido, e que se ofende se não se lhe prestar a atenção devida.
Com o mal de muitos...
Certamente, muitas mulheres estarão a pensar que são as únicas a quem estas coisas acontecem, enquanto que, para outras mamãs, tudo é cor-de-rosa, tal como imaginaram durante a gravidez. Mas isto, que parece o fim do mundo, não é mais que um apontamento dos primeiros trinta dias em companhia do recém- -nascido. De qualquer modo, não desespere: em apenas uma semana tudo regressará à normalidade. Os pontos da episiotomia cicatrizarão e a mamã aprenderá a reconhecer o motivo de cada choro. O bebé já terá aprendido a prender-se correctamente ao peito, e o peito irá regulando a sua produção de leite. E quando depois de comer se sentir satisfeito e contente, esboçará um sorriso que encherá a sua mãe de emoção e felicidade e fará esquecer os momentos passados.
Tudo passa
Não se angustie: não demorará muito tempo até que possa vestir a roupa que usou durante toda a sua vida, e para que voltem a dizer-lhe piropos na rua. Esse clima de tensão, incerteza, cansaço extremo, pouco sono, muito trabalho e tudo o que surgiu de novo, desconhecido e complicadíssimo, depressa, quase sem saber como, quando nem porquê, um belo dia desaparece. Pouco a pouco, a família recupera o seu ritmo normal e volta a dormir a quantidade de horas de que necessita. O marido, feliz, chega a casa disposto a ver o seu filho, tê-lo nos braços, e ajudar a fazer o jantar ou qualquer coisa que a sua mulher necessite. Depois, enquanto o pequenito dorme pacificamente, o casal encontra alguns momentos para trocar uns mimos. E dentro de pouco tempo, também voltará o sexo. Mas o mais importante: um amor desmedido pelo seu bebé irá apoderar-se de vós dia a dia, minuto a minuto. E é verdade: a vossa vida nunca mais voltará a ser como antes, porque o pequenito que tanto esperaram já chegou para enchê-la de felicidade.

Amamentação – vamos falar da mãe?


Em artigos sobre a amamentação o foco sempre é o bebê. Mas e a mãe? Se ela não estiver se sentindo amparada e orientada, fica muito mais difícil a adesão dela ao aleitamento.
Em meus 30 anos de pediatria, não me lembro de ter visto tanta fragilidade como na mãe que amamenta, em especial a mãe de primeira viagem. Alegria, pânico, prazer, dor, felicidade, e mais uma dúzia de sensações contraditórias ocupam a mente e a emoção desta mãe.

Saída da maternidade

Receber alta hospitalar é um caminho de mão dupla, por um lado é gratificante porque sai de um lugar estranho e vai para um ambiente carinhosamente planejado, por outro lado é a sensação de total abandono por parte da mãe, que se vê sozinha com o bebê que ainda desconhece. Sem enfermeiras e sem a possibilidade de chamar o médico a qualquer momento, com a sensibilidade exposta ao máximo, ela está cansada.
Mãe, seu corpo mudou mais uma vez? Se durante a gestação houve a primeira mudança, agora está diante da segunda mudança. Onde não tinha "reservatório" de alimento agora tem. Algumas vezes amamentar dói. Dor e/ou mamilo ferido é sinal de que a "pega" está errada. Tente posicionar o bebê para sugar de forma confortável para ele e para você, lábio inferior dobradinho, mamilo na posição correta e a dor vai passar. Se já estiver ferido, o santo remédio é deixar tomar um pouco do sol da manhã diretamente no mamilo. Colocar um pouco do leite materno em volta do mamilo ao fim de cada amamentação também é eficaz. Isso faz a recuperação da pele muito mais rápida. Não use pomadas sem perguntar antes ao seu médico.
Amamentação
Na hora da amamentação traga o bebê até você: nunca se curve até o bebê, traga-o até você. Acolha-o de forma que ele se encaixe em seu colo e em seu seio. Se você se curvar a cada amamentação, muito rapidamente vai torcer para que a ciência descubra como fazer um transplante de coluna, porque irá destruir a sua em menos de trinta dias.
Mãe fica cansada sim, mãe pode ter sono, cansaço, vontade de ir ao banheiro como qualquer mortal. Quando o bebê dormir durma junto, ou estabeleça os seus horários fisiológicos, sempre que possível, para logo depois que amamentar. Nunca inicie uma amamentação, em especial à noite, sem que tenha antes feito "xixi". Isso é fundamental, embora não pareça. Se você sentir desconforto, seu bebê lerá isso em dobro. É como se ele pensasse "se ela que está aqui há tanto tempo e não sabe o que fazer imagina eu que cheguei agora"!
Para amamentar escolha um lugar da sua casa que seja confortável para você.Uma mesinha ao lado é prática e funcional. Tranquilidade na amamentação, sim; exageros, não. Há bebês que só mamam com tranquilidade quando o ambiente é silencioso. Não precisa exagerar, mas é sempre bom falar num tom agradável. Mas se as visitas lhe deixarem de alguma forma constrangida não hesite em pedir licença e ir para o seu cantinho de rotina. É um período que tanto a mãe quanto o filho precisam de privacidade e serenidade para estabelecer seus códigos e leituras.
Conselhos das comadres na hora da amamentação: bebidas com cevada, mingaus, remédios, nada faz a produção do leite aumentar, cooperam sim para o aumento de peso da mãe. A ingestão de água é o mais eficiente estimulante na produção de leite. Dobre a sua ingestão, principalmente nos dias frios.
A amamentação é difícil para muitas mulheres. Se for o seu caso, não se sinta culpada nem angustiada. Voltar para casa cansada, depois de um parto, com seios edemaciados, ou mamilos feridos, restrições em seus hábitos, leite e regurgitações o dia todo não é a mais romântica das situações. Mas, acredite, no momento em que o bebê lhe olhar, lhe identificar como mãe e der aquele sorriso desdentado, saudável, com todas as defesas em ordem - que você está repassando para ele com seu leite - nada neste mundo lhe fará mais feliz e plenamente realizada!

Dicas de como perder peso pós-parto


Os principais fatores determinantes para o aumento de peso durante a gestação estão associados ao estilo de vida no período pré e pós-parto.
O período pós-parto também chamado de puerpério, dura em torno de seis a oito semanas e só termina com o retorno das menstruações. Esse é um momento de mudanças físicas, fisiológicas e psíquicas.
Para a mulher que acabou de ganhar neném voltar ao peso que tinha antes de engravidar, é preciso manter uma alimentação equilibrada e ao mesmo tempo garantir a qualidade da amamentação.

A dieta pós-parto

A alimentação depois do parto normal pode ser feita normalmente após o término dos efeitos da anestesia com a alimentação liberada pelo hospital. Já no parto cesárea, a alimentação deverá ser iniciada gradualmente após seis horas e deve ser de fácil digestão, equilibrada em nutrientes e fibras para favorecer o funcionamento do intestino e a adequada produção de leite.

O peso corporal no pós-parto

A perda de peso no pós- parto
Imediatamente após o parto, já ocorre naturalmente a perda de peso, aproximadamente cinco quilos, pela saída do recém-nascido, placenta, líquido amniótico e sangue. Esta redução permanece por mais alguns dias, com a eliminação de líquidos retidos no organismo e normalização das funções intestinais.

Para perder peso após o parto é importante:

  • Não fazer dietas malucas e restrições alimentares.
  • Manter uma alimentação saudável sob a orientação de um nutricionista.
  • Evitar alimentos ricos em gordura saturada e trans, como pele de frango, queijos amarelos, molhos de salada industrializados, salgadinhos, bolos e biscoitos recheados e preparações gratinadas.
  • Utilizar métodos para cozinhar que adicionam pouca ou nenhuma gordura, como assar, grelhar e cozinhar a vapor.
  • Evitar a gula! Cuidado com o tamanho das porções.
  • Assim que houver liberação médica saia com seu bebê para caminhar pelo bairro ou faça exercícios, por exemplo, bicicleta ergométrica em casa, enquanto o bebê dorme.
A perda de peso no pós- parto
Ao amamentar, além de seguir uma alimentação saudável, é possível perder de dois a quatro quilos em um mês sem comprometer a produção de leite e consequentemente, o crescimento e desenvolvimento do bebê. Porém, se a mulher ganhou mais de 12 kg durante a gestação será mais demorado voltar à boa forma.
A relação entre lactação (amamentação) e mudanças na composição corporal da mulher existe. Para a mulher que amamenta é necessário consumir uma quantidade adicional de aproximadamente 600 calorias e de 16g de proteína ao dia. Porém no pós-parto, quando o organismo da mulher está preparado para lactar, nem sempre ela consome a quantidade necessária de calorias para produzir o leite que o bebê ingere. Se estiver amamentando, o organismo irá retirar aquela reserva acumulada para fabricar o leite materno. Se a amamentação for exclusiva (por seis meses) conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), a perda de peso da mãe será mais rápida.
Portanto se a mãe parar de amamentar precocemente vai acabar conservando as calorias que seriam usadas para fabricar leite materno, e então, demorará mais tempo para voltar ao peso pré-gestacional.

Dicas - Amamentação prolongada

Amamentação prolongada e paralela
Mais de dois anos de amamentação e  filhos de idades diferentes mamando.
 Se a gente reconhece que a amamentação é, também, uma  forma de relacionamento,  cabe a  cada  família determinar  a hora de encerrar esta etapa  para passar  para a  seguinte.
 Na nossa experiência, vemos que é comum, entre mães que amamentam tranqüilamente, manter a amamentação como é recomendada pela Organização Mundial de  Saúde: por dois anos ou mais.  Entretanto podemos olhar  ao nosso redor  e  ver que em grupos  afastados da civilização consumista em que estamos, a amamentação é prolongada por muito  mais tempo,  respeitando fatores  culturais e condições locais.
Podemos verificar que entre os mamíferos e principalmente os primatas, o mais comum é amamentar até  a troca dos dentes de “ leite”, ocorrendo algumas  vezes, como nas pessoas, amamentação de  duas  crias de idades diferentes  num mesmo período.  O bom senso, o respeito e  a atenção aos motivos  de se prolongar a  amamentação é que dão os limites e  dizem quando parar. LIMITE é um dos fatores fundamentais para o desmame e para se buscar outra forma  de manifestação  do  amor, de nutrir  e  trocar.
Amamentando dois
Algumas famílias precisam encerrar um ciclo para iniciar outro e necessitam  desmamar uma criança  quando engravidam  novamente ou para engravidar novamente. O maior risco de abortamento  durante  uma gravidez  em que ainda  há a  amamentação é  o início,  mais  ainda quando a mãe nem  sabe  que está GRÁVIDA. Mas é  fundamental estar  alerta quando  existe  ameaça  real  de  aborto com cólicas intensas  e  perdas sanguíneas,  o que é um  motivo de  desmame bem indicado.
Cada família sabe como se adaptar ao  novo bebê, e algumas  mães “deixam“ um peito para o mais velho dos filhos e  separa o outro para o  novo bebê (claro que na ausência do primeiro, o bebê “tem  que  aliviar o peito da mãe” e acaba  mamando os  dois). Como o maior vai mamar menos vezes isto não costuma  causar problemas. Ainda há outras que  dão o peito aos  dois  ao mesmo tempo nas mamadas “compartilhadas” principalmente de início e  final de dia.
No Brasil, ainda é forte a disseminação de outras formas de alimentação para bebês, quando a indústria, brinquedos, televisão, filmes e até mesmo livros infantis deixam de mostrar a amamentação como forma de alimentação entre os mamíferos para apresentarem uma forma artificial como regra.
Este problema torna-se mais evidente nas camadas sociais mais pobres, onde o acesso às informações corretas é mais complicado devido às inúmeras dificuldades que enfrentam.
Sabendo-se que o leite materno é alimento mais adequado, mais barato e mais indicado para o início da vida humana, e entendendo que a amamentação fortalece o vínculo das relações humanas, nós,  Amigas do Peito, que vivenciamos o apoio à amamentação desde 1980, desejamos partilhar esta  experiência, favorecendo a construção de uma sociedade mais favorável  à amamentação. Assim nos  juntamos  aos  muitos grupos que desde  1969  vêm trabalhando, no Brasil,  com mulheres e as questões da maternidade  em áreas carentes de recursos.
Sobre os benefícios da amamentação prolongada,
Kelly Bonyata, escreveu uma ótima síntese 
aqui (em inglês).
Seguem alguns trechos em português ligeiramente adaptados por nós. (Infelizmente não localizamos o nome do tradutor/a. Se souber, nos avisepara darmos o crédito). No site original, você pode encontrar todas as fontes citadas.
Amamentar crianças maiores têm benefício nutricionalPesquisas mostram que o leite materno durante o segundo ano de vida da criança continua sendo uma importante fonte de nutrientes, especialmente de proteína, gorduras e vitaminas.
No segundo ano de vida, 500ml de leite materno proporciona à criança: 95% do total de vitamina C necessário
45% do total de vitamina A necessária, 38% do total de proteína necessária, 31% de caloria do total necessária.
Alguns médicos podem pensar que a amamentação vai interferir em relação ao apetite da criança para outros alimentos. Contudo não existem pesquisas indicando que a criança amamentada têm maior tendência a recusar outros alimentos que a criança que já desmamou. Na verdade, a maioria dos pesquisadores em países subdesenvolvidos, onde o apetite de uma criança desnutrida pode ser de importância vital, recomendam que a amamentação continue para crianças com desnutrição severa.
Crianças maiores que ainda amamentam adoecem menosOs fatores de imunidade do leite materno aumentam em concentração, à medida que o bebê cresce e mama menos. Portanto, crianças maiores continuam recebendo os benefícios da imunidade.
Claro que em boas condições de saúde, o desmame não é uma questão de vida ou morte, mas a amamentação por mais tempo pode significar menos idas ao pediatra. Crianças entre 16 e 30 meses, que ainda são amamentadas, adoecem menos e por menos tempo que as que não são.
Crianças amamentadas têm menos alergias 
Está bem documentado que quanto mais tarde se introduz leite de vaca e outros alimentos alergênicos, menos provavelmente essas crianças vão apresentar reações alérgicas.

Crianças amamentadas são mais espertas 
Crianças que foram amamentadas têm melhor performance na escola e maiores notas . Os autores desse estudo, que acompanhou crianças até os 18 anos descobriram que quanto mais tempo as crianças são amamentadas, maiores as notas que recebem nas avaliações.

Crianças amamentadas são mais ajustadas socialmente 
Um estudo com bebês amamentados por mais de um ano mostrou uma ligação significante entre a duração do período de amamentação o ajustamento social em crianças de 6 a 8 anos de idade.  Nas palavras dos pesquisadores: “Existem tendências estatísticamente significantes para que a desordem na conduta diminua com o aumento da duração da amamentação”. Mamar durante a infância ajuda bebês e crianças a fazer uma transição gradual. Amamentação é um amoroso jeito de atender as necessidades dasa crianças e bebês. Ajuda a superar as frustrações, quedas e machucados e o stress diario da infância.

Atender as necessidades de dependência da criança, de acordo com o tempo único de cada criança é a chave para ajudar a criança a alcançar sua independência. Crianças que conquistam sua independência em seu próprio ritmo são mais seguras dessa independência que as crianças forçadas a isso prematuramente.
Amamentar crianças maiores é normal 
A “American Academy of Pediatrics” recomenda que as crianças sejam amamentadas por ao menos todo o primeiro ano de vida, e por mais tempo se a mãe e o bebê quiserem. A Organização Mundial de Saúde reforça a importância de amamentar até os dois anos de vida ou mais.  A média de idade de desmame, em todo o mundo é de 4,2 anos. 

Mães que amamentam por mais tempo também são beneficiadas 
· A amamentação prolongada pode diminuir a fertilidade e suprimir a ovulação em algumas mulheres
· A amamentação reduz o risco de câncer de ovário
· A amamentação reduz o risco de câncer de útero
· A amamentação reduz o risco de câncer de câncer de endométrio
· A amamentação protege contra osteoporose. Durante a amamentação a mulher experimenta uma diminuição na densidade óssea. A densidade óssea de uma mãe que está amamentando pode ser reduzida, em geral em 1 a 2%. No entanto, a mãe tem essa densidade de volta e pode até ter um aumento, qaundo o bebê é desmamado. Isso não depende de um suplemento adicional na alimentação da mãe.�
· A amamentação reduz o risco de alguns tipos de câncer de mama.
· A amamentação tem demonstrado diminuir a necessidade de insulina da mãe diabética.
. Mães que amamentam têm tendência a perder o peso extra adquirido na gravidez mais facilmente.
Amamentação e gravidez

Amamentação como anticoncepcional

Recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno é mais que um vínculo entre mãe e filho/a. Além de alimentar o bebê, fornecendo todos os nutrientes de que ele precisa para crescer forte e saudável, a amamentação desempenha também o papel de anticoncepcional. 

"Para mulheres que amamentam de forma exclusiva ou quase que exclusivamente até o sexto mês após o parto, e que não tenham menstruado, a eficácia deste método é de 98%", explica Carlos Alberto Petta, ginecologista e diretor do Centro de Reprodução Humana de Campinas (SP). Segundo ele, o aleitamento materno constitui-se num anticoncepcional seguro, sem causar danos à saúde da mãe ou do bebê. "Traz apenas benefícios", afirma. 

É a própria sucção do bebê ao mamar que estimula a produção do leite materno. À medida que o número de mamadas aumenta, as glândulas mamárias produzem mais e mais leite. A sucção permanente inibe a produção de hormônios necessários para a ovulação e, sem ocorrer ovulação, não pode haver gravidez. 

Esta forma de evitar ou retardar uma nova gravidez, que recebe o nome de Método de Amenorréia da Lactação (LAM), era uma das saídas encontradas pelas mulheres há alguns anos, e ainda utilizada por muitas que não têm acesso aos demais métodos contraceptivos.

Teste do Pezinho

Teste do Pezinho: para todos os bebês!

O exame laboratorial, chamado também de triagem neonatal, detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. Falemos numa linguagem mais simples. Esse exame é popularmente conhecido como teste do pezinho, pois a coleta do sangue é feita a partir de um furinho no calcanhar do bebê.
As mamães geralmente ficam com o coração na mão quando tem que levar seus bebês para o exame, pois estes normalmente choram. Mas por que a picadinha no calcanhar? O que as mães devem saber é que o calcanhar é uma região rica em vasos sanguíneos e a coleta do sangue é feita rapidamente com um único furinho. O furo é quase indolor, mas a dor ainda é uma sensação nova para o bebê e por isso choram.
Esse exame é realizado em grande parte nas maternidades quando o bebê completa 48 horas de vida. Antes disso, o teste pode sofrer influência do metabolismo da mãe. O exame também é feito em laboratórios.
O ideal é que o teste seja feito até o sétimo dia de vida. Basta apenas uma picada no calcanhar do bebê para retirar algumas gotinhas de sangue que serão colhidas num papel filtro e levadas para serem analisadas.
Prevenindo doenças graves - Para quem não sabe, o teste do pezinho é obrigatório por lei em todo o Brasil e a simples atitude de se realizar o exame faz com que doenças causadoras de seqüelas irreparáveis no desenvolvimento mental e físico da criança sejam detectadas e tratadas mesmo antes do aparecimento dos sintomas.
O diagnóstico precoce oferece condições de um tratamento iniciado nas primeiras semanas de vida do bebê, evitando a deficiência mental. A deficiência, uma vez presente no corpo, já não pode ser curada.
Existem diferentes tipos de exames do pezinho. O Sistema Único de Saúde (SUS) instituiu o Programa Nacional de Triagem Neonatal, onde cobre a identificação de até quatro doenças (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e fibrose cística). Mas nem todos os Estados brasileiros realizam os quatro testes.
O Programa Nacional de Triagem Neonatal prevê três fases do teste do pezinho, em que os Estados devem se adequar. A primeira fase detecta as doenças fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito. A segunda inclui a anemia falciforme, e a terceira fase a fibrose cística.
Versão nova do teste - Hoje já existe uma versão ampliada do teste do pezinho onde é possível identificar mais de 30 doenças antes que seus sintomas se manifestem. Mas é ainda um recurso sofisticado e bastante caro, não disponível na rede pública de saúde.
Mesmo assim, a versão ampliada do teste do pezinho é subdividida. Geralmente, quanto maior o número de doenças detectadas, mais caro é o exame. Existem ainda exames complementares que também podem ser realizados com o sangue do papel filtro do teste do pezinho.
O exame do pezinho é essencial para o desenvolvimento da saúde do seu bebê. Não esqueça que o exame convencional é obrigatório e gratuito. Exija sempre seus direitos e faça com que sejam cumpridos.
Dicas
Não esqueça de buscar o resultado. Qualquer alteração no resultado, leve para o pediatra examinar.
Não se preocupe se tiver que repetir o exame. O teste do pezinho exige repetição para esclarecer o primeiro resultado, quando suspeito de normalidade ou quando o teste é realizado antes de 48 horas de vida.
Um resultado normal, mesmo no teste ampliado, não afasta a possibilidade de outras doenças neurológicas genéticas ou adquiridas. O teste não diagnostica, por exemplo, a síndrome de Down.

Moleira

Moleiras e os cuidados com o crânio do bebê

As moleiras do bebê são uma das preocupações dos pais logo quando o bebê nasce. As fontanelas, nome oficial das "moleiras", são aberturas no osso do crânio do bebê separadas por linhas também abertas, chamadas suturas.
As funções das fontanelas que se encontram no alto da cabeça dos bebês e das suturas são promover o momento do parto, facilitando assim a passagem do bebê pelo canal vaginal e permitir o crescimento adequado do cérebro.
Logo após o parto, a cabeça do bebê pode apresentar pequenas deformidades devido às alterações ocorridas durante o parto. Geralmente, essas imperfeições são corrigidas logo nos dez primeiros dias de vida.
No primeiro ano de vida, o cérebro cresce metade do seu tamanho que terá quando adulto, alcançando quase seu crescimento total ao fim do segundo ano de vida.
As aberturas do crânio (fontanelas ou moleiras) fecham-se nesse intervalo. A fontanela maior fecha-se entre o nono e o quinto mês de vida do bebê. Já a menor abertura do crânio, fecha-se até o segundo mês.
Existe uma alteração conhecida como Cranioestenose, caracterizada pelo fechamento precoce das fontanelas e suturas, ocorrendo deformidades no crânio, já que o cérebro fica sem espaço para crescer adequadamente.
Riscos da cranioestenose - O fechamento prematuro dos ossos do crânio pode causar, além da deformidade do crânio, lesões neurológicas graves. Atinge mais meninos do que meninas, três para um, acometendo um em cada 2000 nascimentos.
A cranioestenose não tem uma causa definida, mas pode ter motivos hereditários, intra-uterina, infecciosa ou até mesmo o uso de alguns medicamentos durante a gestação, como anticonvulsivantes, relata a Dra. Monica de Souza Bomfim Pinheiro, membro do departamento de Neonatologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
O diagnóstico é feito pelo médico a partir de exame físico do bebê. Através de exames radiológicos e de neuroimagem, o profissional verifica as suturas fechadas e as possíveis malformações dos ossos da face e do sistema nervoso que a cranioestenose pode causar.
O tratamento é cirúrgico onde tem por objetivo criar espaços para o desenvolvimento normal do cérebro e corrigir as deformidades existentes, prevenindo ou aliviando as seqüelas que possam existir.

Sexo na gravidez: dicas de leitores

Escrito para o WebGravidez
Anda desanimada com sua vida sexual agora que está grávida ou meio sem ideias de como ter e dar prazer com aquela barriga no meio do caminho? Em uma pesquisa realizada pelo WebGravidez sobre sexo na gravidez, nossas leitoras compartilharam sugestões de como adaptar o sexo às mudanças físicas e emocionais da gestação. 

Basicamente elas disseram: seja criativa, ouça seu corpo e faça aquilo que tiver vontade (e possibilidade!). Não tenha medo de machucar o bebê, porque ele está bem protegido pela placenta e o líquido amniótico -- somente em casos de complicações ou gestações de risco é que os médicos aconselham a abstinência sexual. Na dúvida, converse com o obstetra, para que possa relaxar e curtir da melhor maneira que der. 

Veja a seguir as dicas práticas das leitoras (e leitores): 

1. "Ir para a cama cedo, principalmente se a gestante tem que acordar cedo para trabalhar, daí sobra um tempinho para o casal ficar mais junto." 

2. "Sexo oral é maravilhoso, assistir a um filme erótico junto com o parceiro, e muitos beijos e carinhos." 

3. "Provoque seu parceiro com carícias onde ele mais gosta." 

4. "Para melhorar, é recomendável o uso de lubrificante à base de água." 

5. "Relaxar e deixar as coisas acontecerem. Se sentir algum desconforto, avise, mas tente continuar de outra forma. Não perca o ritmo, senão após o nascimento a retomada será mais difícil." 

6. "Vale a pena investir em um bom motel, com uma bela decoração, e muita vontade de fazer amor!" 

7. "O respeito na vida do dia-a-dia, para poder brincar, acariciar sem medo de ferir. Aquela passadinha de mão no bumbum é ótima..." 

8. "Tentar manter a forma, perguntar o que o parceiro deseja e valorizar o momento do sexo." 

9. "Deixe os tabus de lado e tente ser feliz usando a criatividade de vocês." 

10. "Com o passar do tempo, passamos a tornar mais leves os movimentos." 

11. "Use lingerie sexy." 

12. "Ver um filme pornográfico ajuda a ter estímulo mesmo estando exausta." 

13. "A mulher precisa aprender a apreciar a beleza do corpo feminino na gravidez para se sentir atraente e segura, e isso irá se refletir na maneira como o parceiro a encara e encara o momento." 

14. "Explorar mais o sexo anal." 

15. "Ter mas intimidade. Um banho a dois sempre resolve." 

16. "Se cuidar: alimentação, roupas adequadas, maquiagem...Faz a mulher se sentir mais sexy." 

17. "Se não tiver penetração, pode ser toques. Nada melhor do que uma boa mão…"

18. "De lado e por cima fica mais fácil, mas dá para ir fazendo todas as outras." 

19. "De vez em quando a maneira mais rápida possível!" 

20. "Penetração por trás ou posição de quatro com ele por trás."